Defesa de dissertação de mestrado de Ricardo Gonçalves Rodrigues Filho

Título: Os cafés na corte oitocentista: espaços de circulação e sociabilidade no Rio de Janeiro.
Data: 3 de setembro de 2025.
Horário: 14h30.
Local: Sala de Defesas do PPGHis, localizada na sala 307 do prédio Wallace Corradi Vianna - CCHN/UFES.

Banca examinadora:
Profa. Dra. Patrícia Maria da Silva Merlo (Presidente/Orientadora – UFES)
Profa. Dra. Eliane Morelli Abrahão (Examinadora Externa – UNICAMP)
Prof. Dr. Sebastião Pimentel Franco (Examinador Interno – UFES)

Resumo: Esta dissertação investiga o papel das casas de café na cidade do Rio de Janeiro durante o século XIX, compreendendo esses espaços para além de suas funções mercadológicas e analisando-os como lugares privilegiados da sociabilidade urbana. A pesquisa parte da constatação de que, embora o café seja amplamente estudado por historiadores brasileiros sob a ótica econômica, há ainda uma lacuna significativa quanto à abordagem do café enquanto bebida socializada em locais próprios — as casas de café — e aos modos de vida que ali se constituíam. Para isso, foram utilizadas fontes disponíveis na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, com levantamento de ocorrências nos periódicos a partir de palavras-chave relacionadas a estabelecimentos históricos da cidade. A análise dos 1653 registros encontrados foi orientada por categorias temáticas como “Circulação”, “Sociabilidade” e “Outros”. Metodologicamente, adotou-se a Análise de Conteúdo segundo Christian Laville e Jean Dionne, priorizando a interpretação e a construção de inferências a partir dos dados obtidos. A dissertação estrutura-se em três capítulos. O primeiro trata da origem do café e de sua disseminação global, com destaque para os contextos árabe e europeu, onde a bebida foi incorporada ao cotidiano urbano e aos hábitos sociais. O segundo capítulo enfoca a realidade portuguesa dos séculos XVII e XVIII, ressaltando os impactos do Iluminismo e da História Natural sobre a economia colonial e os projetos de cultivo e consumo do café, com destaque para a obra O Fazendeiro do Brazil. O terceiro capítulo direciona-se ao Rio de Janeiro oitocentista, analisando a transformação da cidade após 1808 e 1822 e o papel das casas de café como locais de encontro, lazer e circulação de ideias e produtos. 
 

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