Defesa de dissertação de mestrado de Esdra Erlacher
Título: Sofistas e filósofos como rectores urbis: espaço, identidade e ordem pública nos discursos cívicos de Dion de Prusa (sécs. I-II)
Data: 07/07/2023
Horário: 14h
Local: Sala de Seminários, IC III – CCHN/UFES
Banca examinadora:
Prof. Dr. Gilvan Ventura da Silva (Presidente/Orientador –UFES)
Profa. Dra. Joana Campos Clímaco (Examinador Externo -UFAM)
Profa. Dra.Érica Cristhyane Morais da Silva (Examinador Interno -UFES)
Prof. Dr. Belchior Monteiro Lima Neto (Examinador Interno -UFES)
Resumo: Na presente dissertação, propomo-nos a tratar da atuação política do sofista e filósofo Dion de Prusa como um instrutor das comunidades urbanas do Oriente, nos séculos I e II. Nos primeiros séculos da era cristã, a cidade grega, principal palco de atuação do autor, era um espaço de disputas pelo poder e de afirmação de identidades, devido ao contexto de dominação romana. Diante desse cenário, nosso foco de estudo é analisar a maneira pela qual Dion de Prusa buscava educaros habitantes das póleis de Rodes, Alexandria, Niceia, Nicomédia, Tarso e Apameia. Nesse sentido, a cidade, incluindo o ambiente construído e a população, é o principal recurso mobilizado pelo autor em suas orações cívicas. Partindo dessas constatações é que pudemos inferir a hipótese central deste trabalho, ou seja, a de que Dion de Prusa, nas suas orações cívicas, instruía as coletividades urbanas com o propósito de integrá-las à ordem imperial romana, o que caracterizava sua atuação política no contexto de dominação romana sobre as póleis. Além disso, a representação da pólisideal elaborada pelo autor tem como eixo o espaço urbano, na medida em que o bom uso do ambiente construído é empregado como elemento capaz de suscitar orgulho aos cidadãos, ao passo que o mau uso deve ser corrigido. Como aporte teórico empregamos os conceitos de Representação, de Roger Chartier (1990), Identidade, de acordo com Tomaz Tadeu da Silva (2004), Espaço, segundo Navarro (2007), Cidade, tal como proposto por Lacaze (1999) e Ordem Pública, segundo Vergottini (2000). Já como metodologia para o tratamento das fontes, utilizamosa Análise de Conteúdo, tal como proposto por Laurence Bardin (2011).