Defesa de dissertação de mestrado de Maria Aparecida Stelzer Lozório

Título: Reformulação urbana, ópera de corte e encenação do poder régio em Portugal no século XVIII: das inovações joaninas à Ópera do Tejo.
Data: 10/09/2024.
Horário: 14h30.
Link de acesso à reunião virtual: https://meet.google.com/vpk-wmwj-tsn

Banca examinadora:
Profa. Dra. Patrícia Maria da Silva Merlo (Presidente/Orientadora – UFES)
Prof. Dr. Alexandre de Sá Avelar (Examinador Externo – UFU)
Prof. Dr. Sebastião Pimentel Franco (Examinador Interno – UFES)
Prof. Dr. Julio Cesar Bentivoglio (Examinador Interno – UFES)

Resumo: Portugal tem ainda na primeira metade do século XVIII uma capital que figurava entre as mais ricas, cosmopolitas e luxuosas da Europa. D. João V havia investido sistematicamente nas artes, e com a influência de D. Maria Ana, buscou redesenhar o panorama artístico e cultural luso. As mudanças arquitetônicas que marcaram o período joanino continuaram na cidade de Lisboa nos anos iniciais do reinado de D. José I, a capital deveria representar o prestígio da casa de real dos Bragança. A Ópera do Tejo construída no reinado josefino, remodela a capital, sendo a principal obra dos primeiros anos do reinado de D. José I. Destruída no grande terremoto que abalou Lisboa em 1755, o teatro de ópera, não destruiu sua presença emblemática, sua lembrança como uma das melhores e mais lindas casas de ópera de toda a Europa e local de encenação do poder régio. Buscaremos nesta dissertação refletir sobre as transformações vivenciadas em Portugal no decurso do século XVIII, em especial nos aspectos culturais e estéticos, postos em movimento por D. João V e continuados no reinado josefino na remodelagem de Lisboa. Acreditamos que a Ópera do Tejo se encontra no bojo dessa efervescência que marcou a modernidade lusa. À luz de Bourdieu (1989) analisaremos a construção da Ópera do Tejo e seus usos simbólicos, na comunicação e produção de realidade, como forma de poder, servindo a ideologias e interesses régios, políticos ou particulares. Para o tratamento das fontes partiremos do método indiciário, conforme definido por Carlo Ginzburg (2003), tal abordagem consiste num conjunto de princípios que atenta para os detalhes, dados marginais, resíduos, pistas, indícios, sinais, vestígios. Com vistas a recolher o maior número possível de evidências a respeito de nosso objeto. A edificação dessa casa musical, parece-nos um indicativo claro de mudanças sociais e estruturais na Lisboa do século XVIII.
 

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