Defesa de dissertação de mestrado Amarildo Mendes Lemos

Título: Agora é Max: A Trajetória Política de Max de Freitas Mauro (1970-1990)
Banca examinadora:
Luiz Cláudio Moisés Ribeiro (Orientador)
Pedro Ernesto Fagundes (Examinador Interno - PPGHIS - UFES)
Vitor Amorim de Angelo (Examinador Externo - UVV)
Data de defesa: 24/04/2014
Horário: 09:00
Local: Sala de Seminários do PPGHIS - IC III - Andar Superior

Resumo
O presente trabalho trata da trajetória política de Max de Freitas Mauro no Espírito Santo e sua ligação com o trabalhismo. Nesse sentido, iniciamos nossa dissertação com uma investigação das origens dessa ideologia política no Brasil. Essa doutrina política se associou ao nacionalismo, ao reformismo e se consolidou em um partido que atraiu para si o prestígio dos trabalhadores entre 1946 e 1964. Nesse período, o pai de Max Mauro, Saturnino Rangel Mauro, foi um político de destaque na fundação do PTB no Espírito Santo. Saturnino ascendeu politicamente a partir da vinculação com a estrutura política implementada no Brasil com a Revolução de 1930. A partir da representação dos trabalhadores Saturnino alcançou o posto de deputado estadual pelo PTB em 1947. A experiência democrática desse período foi, contudo, abortada pelo golpe militar de 1964 que trouxe nova orientação política para o Brasil, alinhando nossa economia com a estadunidense, intensificando a concentração de renda e a exclusão social. Os impactos das políticas econômicas no Espírito Santo são discutidos nesse trabalho, uma vez que, a forma como aconteceu a modernização econômica capitalista nesse estado se relaciona com o contexto estrutural vivenciado pelos capixabas na década de 1980. Desta forma, fazemos uma conexão entre a modernização econômica na década de 1970 e a exclusão social da década seguinte, que foi palco de inúmeros conflitos sociais também abordados nesse trabalho. A trajetória política de Max Mauro se sobrepõe a esse percurso histórico vivido pela sociedade capixaba. Assim, a partir da investigação em jornais, revistas, documentos oficiais e acervos privados, apresentamos uma narrativa que procura evidenciar aspectos estruturais e conjunturais, ou seja, diante daquele contexto conflituoso e de disputa por hegemonia apontamos algumas decisões tomadas pelo governador e sua relação com os poderes estabelecidos diante da sociedade. Para tanto, analisamos a relação de Max Mauro com a Assembleia Legislativa, com os poderes locais e com os centros de poder, representados pelas empresas: Companhia Siderúrgica Tubarão, Aracruz Celulose e Companhia Vale do Rio Doce. Diante desse quadro montado passamos a investigar o processo de fragmentação de Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e a ligação de Max Mauro com o partido liderado pelo herdeiro do getulismo, Leonel de Moura Brizola, e sua participação, como governador do estado Espírito Santo, na ascensão do Partido Democrático Trabalhista (PDT) nessa unidade da federação.

 

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