Multiculturalismo, Lucha por la Tierra y Violencia: la Organización Nacional Indígena de Colombia (1975-1998)

Nome: MAURICIO ALEJANDRO DIAZ URIBE
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/06/2019

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO CARLOS AMADOR GIL Orientador
JUCIENE RICARTE APOLINÁRIO Examinador Externo
MARIA CRISTINA DADALTO Examinador Interno
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Examinador Interno
SANDRO JOSE DA SILVA Examinador Externo

Resumo: O objetivo da tese é analisar as mudanças e tensões nas formas, nos discursos, nas reivindicações e nas demandas do moderno Movimento Indígena colombiano (MIC), por meio da análise de conteúdo dos documentos oficiais de sua organização nacional mais representativa: a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC). Além disso, concentra-se na revisão analítica de vários textos e discursos das lideranças indígenas mais reconhecidas do movimento. Desde o surgimento, em meados da década de 1970, e após o reconhecimento da Colômbia como um Estado social de direito multiétnico e multicultural na década de 1990, o MIC se estabeleceu como um processo histórico marcado por representações e imaginários em relação ao “problema indígena”. A pesquisa problematiza e discute as lutas e reivindicações históricas, assim como as trajetórias e narrativas das organizações indígenas e seus representantes. Tendo em vista o contexto histórico que constitui a modernidade–colonialidade, em que a emergência e a ressignificação dos discursos sobre a autonomia, a territorialidade e a afirmação étnica, estão em permanente tensão entre o Estado moderno, a identidade étnica e o multiculturalismo neoliberal. No caso colombiano, essa tensão se manifesta em um contexto social de conflito e de violência generalizados. Os territórios das comunidades indígenas coexistem com a guerra entre os atores armados e a presença ameaçadora de empresas multinacionais interessadas em bens ambientais e em recursos minerais. Diante dessa situação, os líderes indígenas, em especial da ONIC, tentam reconfigurar suas práticas culturais com base em suas visões de mundo e em seus próprios planos de desenvolvimento. Por isso, eles procuram manter a unidade política na diversidade cultural e na complexa rede de atores e relações interétnicas, adaptando ou questionando sua incorporação nos dilemas do Estado-nação multicultural do final do século XX.

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