DOS SABORES FORTES AOS SUAVES: Os Limites da Modernização à Francesa nos Livros de Cozinha da Corte Portuguesa, 1680-1780
Nome: FERNANDO SANTA CLARA VIANA JUNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/03/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Examinador Interno |
JOSEMAR MACHADO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Orientador |
RAQUEL BELLO VÁZQUEZ | Examinador Externo |
Resumo: Buscamos apresentar a trajetória da cozinha moderna europeia, nascida na França a partir do final do século XVI, em direção às demais fronteiras nacionais, tendo como foco Portugal. Tal movimento englobou desde as práticas culinárias, o uso de ingredientes, de técnicas e até os rituais alimentares que se consolidaram como distinções da época. Para aferirmos esse processo no caso luso partimos da análise dos dois primeiros livros de cozinha publicados em Portugal: Arte de Cozinha (1680), de Domingos Rodrigues, e Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha (1780), de Lucas Rigaud. Trata-se das principais obras lusas dedicadas à cozinha na modernidade, assumindo grande importância para o contexto histórico no Reino quando de sua publicação. Interessou-nos, portanto, a partir da análise dessas fontes, verificar quais os limites da influência francesa, em quais aspectos ela, de fato, se revelou e em quais características encontramos associados à sobrevivência de atributos considerados ainda medievais, portanto, afastados dessa modernização. Desta maneira, procuramos, finalmente, mapear sensibilidades, gostos e sentidos culturais que circulavam em Portugal entre 1680-1780, o que permitiu avaliar, grosso modo, as propostas de mudanças nos padrões alimentares que marcaram o Velho Mundo nesse contexto, com suas inovações e permanências.