Soberania em Tempos Democráticos: François Guizot e Alexis de Tocqueville

Nome: VITOR CASTRO DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/06/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIO MURUCI DOS SANTOS Orientador
JOSEMAR MACHADO DE OLIVEIRA Examinador Externo
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Examinador Interno
MARCELO DE MELLO RANGEL Examinador Externo

Resumo: O objetivo central desta dissertação é realizar uma análise comparativa das obras de François Guizot e Alexis de Tocqueville. Este trabalho se insere, portanto, em um conjunto de estudos que, sobretudo a partir da década de 1980, procura avaliar a dívida intelectual do segundo para com o primeiro. Sabe-se que ambos viveram em uma época marcada pela instabilidade política e se dedicaram a discernir o sentido político e social da Revolução Francesa, procurando compreender as novas relações entre os indivíduos e o Estado. Inicialmente, será pesquisada a influência do conceito de civilização elaborado por Guizot no final da década de 1820 sobre a visão histórica de Tocqueville, particularmente sobre o que este chamou de revolução democrática. A análise deverá demonstrar que um e outro autor tinham uma avaliação fundamentalmente diferente dos efeitos das transformações sociais por que passara a França. Sustentando diferentes apreciações da sociedade em que viviam, julgaram de maneira diversa as relações dessa sociedade com o poder político. O segundo momento da pesquisa recairá, portanto, sobre o papel que reservaram aos cidadãos na construção da ordem política, uma vez que ambos rejeitavam a ideia de que a soberania pertencesse unicamente à realeza. De fato, evitando atribuir o poder político a qualquer indivíduo ou grupo social, evocaram alternadamente a soberania da razão ou do gênero humano e buscaram diferentes soluções para transformar o poder de direito em poder de fato. Todavia, nem um nem outro sistematizou suas reflexões sobre o assunto em uma grande obra de teoria política. Suas ideias encontram-se dispersas em seus livros de história e textos de intervenção política, de modo que a dimensão contextual é elemento obrigatório deste trabalho, que procura compreender as ambiguidades dos autores e as transformações em suas formulações conceituais, relacionando-as a problemas políticos específicos enfrentados por eles.

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