Religião e Violência na África Romana:A gostinho e Os Donatistas
Nome: JOSÉ MÁRIO GONÇALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/07/2009
Orientador:
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Papel |
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SERGIO ALBERTO FELDMAN | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANA PAULA TAVARES MAGALHÃES | Examinador Externo |
GILVAN VENTURA DA SILVA | Examinador Interno |
MICHAEL ALAIN SOUBBOTNIK | Examinador Interno |
SERGIO ALBERTO FELDMAN | Orientador |
Resumo: Em 311 d.C., um cisma dividiu a Igreja da África do Norte. Um grupo de bispos da Numídia não reconheceu a legitimidade da consagração de Ceciliano, novo bispo de Cartago, alegando que tanto ele quanto os que o ordenaram haviam traído a fé durante a Grande Perseguição de Diocleciano (284-305). Consagram o seu próprio bispo e afirmam ser a verdadeira Igreja cristã, a Igreja dos mártires. Os católicos partidários de Ceciliano os chamarão de donatistas, por causa de um dos seus líderes, o bispo Donato de Cartago. A interferência do poder imperial na disputa favoreceu o grupo católico e colocou os donatistas na mira da repressão oficial. Neste trabalho procuramos analisar os discursos de Agostinho de Hipona (354-430), nos quais ele procurou legitimar o uso da violência imperial contra os donatistas. Partimos da hipótese de que, para cumprir tal objetivo, ele procurou construir uma
representação estigmatizante dos seus adversários que permitia justificar as ações do poder civil contra os mesmos. A metodologia utilizada é a da Análise do Discurso.