O Poder e o Sagrado na Idade das Trevas
a Configuração Simbólica da Realeza Homérica

Nome: ANA PENHA GABRECHT
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/05/2006
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA PEREIRA CAMPOS Examinador Interno
CARLA COSTA PINTO FRANCALANCI Examinador Interno
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador
NEYDE THELM Examinador Externo

Resumo: O período de História grega compreendido entre os séculos XII e VIII a.C. ficou conhecido pela historiografia como Idade das Trevas. É assim chamado por ter ocorrido na Grécia o desaparecimento da escrita e uma acentuada redução da produção material. Sendo assim, o que se sabe dessa época é baseado principalmente no relato da poesia transmitida oralmente de geração em geração por poetas conhecidos como aedos. Homero, se de fato existiu, foi um desses aedos. Atribui-se a esse poeta duas obras de grande porte classificadas quanto ao gênero como epopéias: a Ilíada e a Odisséia. Apesar de se considerar que Homero teria vivido durante o século VIII a.C., os poemas a ele imputados possuem elementos que remontam até mesmo ao século XII a.C. ou a ainda antes.
As epopéias homéricas revelam-se como importantes fontes para o estudo das relações de poder na Idade das Trevas. A Ilíada, escolhida como principal fonte para esta pesquisa, é bastante ilustrativa quanto à relação do poder com o sagrado. Por meio do poema é possível perceber que, no mundo homérico, o poder do rei — chamado de basileus — é corroborado pelos elementos simbólicos que o cercam. O rei homérico reveste-se de símbolos sagrados, como o cetro celestial, dado pelo próprio Zeus, porta o título de anax, assim como Zeus, e conta com a proteção pessoal dos deuses. Tudo isso contribui na delimitação de sua posição hierárquica nessa sociedade e o liga ao mundo sobrenatural fazendo um ser diferenciado dos demais. A acumulação de geras (privilégio) e time (honra), conseguida por intermédio de ações heróicas e dada pelo próprio Zeus, também auxilia na delimitação da posição do basileus. Isso permite chegar a uma definição de realeza homérica fortemente ligada às divindades.

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