Usurpação, Identidade e Poder no Século Iv D.c.
a Construção da Imagem Imperial de Teodósio
no Confronto Com Máximo e Eugênio
Nome: THIAGO BRANDÃO ZARDINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/10/2008
Orientador:
Nome | Papel |
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GILVAN VENTURA DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Examinador Interno |
GILVAN VENTURA DA SILVA | Orientador |
LEILA RODRIGUES DA SILVA | Examinador Externo |
SERGIO ALBERTO FELDMAN | Examinador Interno |
Resumo: O imperador Teodósio I (379-395), sempre marca presença nos estudos referentes ao fim do Mundo Antigo por conta da sua ortodoxia religiosa e do assentamento dos bárbaros no Império Romano. O governo de Teodósio apresenta-se como palco de conflitos eclodidos em diversos âmbitos, que, nas duas últimas décadas do século IV d.C., precisavam ser resolvidos. Mais do que trazer soluções para esses problemas, Teodósio impôs-se de tal maneira que sua imagem posterior refletia um modelo ideal de soberano, representante legítimo da realeza sagrada bizantino-cristã, a basileia. Tal imagem sagrada afirma-se, em especial, quando o imperador precisa enfrentar concorrentes ao trono. Teodósio enfrentou e derrotou dois usurpadores na metade ocidental do Império, Máximo e Eugênio. É mediante as vitórias sobre ambos que o imperador reafirmará seu poder e os usurpadores terão sua imagem deturpada. A usurpação configura, assim, um tipo de conflito que, após ser solucionado, torna-se a antítese do poder legítimo, permitindo a perpetuidade do Estado. Desse modo, o panegírico pronunciado em 389 d.C., por Pacato Drepânio, em cerimônia oficial, para celebrar a vitória de Teodósio sobre Máximo, apresenta uma retórica composta por idéias e símbolos que não só demonstram a opinião dos súditos a respeito do soberano, como também representam a majestade que envolve a própria instituição monárquica do Baixo Império romano.