AS Autonomias Zapatistas: uma Construção Rebelde de Novos Sujeitos Políticos (1994 2008)
Nome: ALYNE DOS SANTOS GONÇALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/10/2008
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO CARLOS AMADOR GIL | Orientador |
CELESTE CICCARONE | Examinador Interno |
FABIO MURUCI DOS SANTOS | Examinador Interno |
GABRIELA PELLEGRINO SOARES | Examinador Externo |
Resumo: O presente trabalho faz uma análise histórica sobre o processo de construção dos governos autônomos zapatistas entre 1994 e 2008, período em que os rebeldes chiapanecos transformaram os municípios controlados pelo EZLN em regiões autônomas inauguradas em agosto de 2003, a partir da criação dos Caracóis e das Juntas de Bom Governo. A ênfase neste percurso recai sobre as influências recebidas de outras experiências autonômicas levadas a cabo no estado de Chiapas, especialmente na região da Selva Lacandona, nos anos 70 e 80, bem como nas características específicas que o movimento foi desenvolvendo a partir de sua percepção particular em relação ao poder e ao conteúdo da autonomia, considerada um dos direitos coletivos mais importantes para a inclusão dos povos indígenas à sociedade nacional em condições de igualdade e justiça. O projeto de autonomia zapatista representa uma alternativa a um sistema político centralizador e homogeneizante, que tem criado muitos obstáculos para o surgimento de sujeitos políticos ativos e livres, ou seja, que prescindam do assistencialismo governamental e do caudilhismo de velhas lideranças. O processo em exame esteve (está) repleto de avanços, limites e desafios decorrentes das escolhas históricas realizadas pelo movimento zapatista ao longo desses 10 anos de resistência.
Palavras chave: Autonomia; livre determinação; direitos coletivos; Caracóis zapatistas; Juntas de Bom Governo; resistência indígena; democratização.