O impacto das leis antiescravistas na linguagem política da imprensa do Espírito Santo (1850-1888)
Nome: MATEUS CORRÊA NEVES
Data de publicação: 25/06/2024
Banca:
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Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Examinador Interno |
KARULLINY SILVEROL SIQUEIRA | Presidente |
RAFAELA DOMINGOS LAGO | Examinador Externo |
Resumo: Os estudos sobre leis antiescravistas, imprensa e circulação de ideias têm alcançado maior relevância na historiografia brasileira nos últimos anos e se transformado em objeto central de pesquisas que privilegiam jornais como fonte. O Espírito Santo, durante o Oitocentos, oferece um interessante material para discussão a respeito, uma vez que seu território foi permeado por distintos jornais que destacavam as leis. A partir dos jornais, objetivou-se analisar o impacto que as leis antiescravistas promulgadas pelo Império causaram na linguagem política da imprensa capixaba. Dentre as leis, estão a Lei Eusébio de Queirós (1850), Lei do Ventre Livre (1871), Lei do Sexagenário (1885) e, por fim, Lei Áurea (1888). Foram explorados os jornais publicados pela imprensa da capital Vitória e das regiões de Itapemirim e Cachoeiro de Itapemirim, sul da província, que experimentavam um crescimento econômico por conta da produção de café e superaram a capital em números de cativos. A metodologia dos estudos das linguagens políticas permitiu identificar as implicações das leis como elemento central nos discursos jornalísticos do Espírito Santo. O trabalho inseriu o estado no debate sobre o tema e constatou a influência das leis na retórica dos jornais, manifestando-se por meio de vocábulos que marcaram a liberdade.