A Arte Bruta e o pensamento libertário: a contribuição de Jean Dubuffet ao processo criativo dos alienados e sua repercussão no
Brasil

Nome: THAYS ALVES COSTA

Data de publicação: 27/06/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALMERINDA DA SILVA LOPES Presidente
ARTUR CORREIA DE FREITAS Examinador Externo
CLÓVIS MENDES GRUNER Examinador Externo
GASPAR LEAL PAZ Examinador Externo
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Examinador Interno

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Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar o posicionamento de Jean Dubuffet em relação às artes e às estruturas sociais, como forma de compreender o conceito de Arte Bruta e a influência do anarquismo em sua produção teórica. Para isso, foi necessário contextualizar o período em que Dubuffet iniciou a Collection de l’Art Brut e os eventos importantes que presenciou. Com base na fundamentação de suas ideias a respeito da arte, do anarquismo e da loucura, o que significa dialogar com um amplo espectro teórico e conceitual, com aporte em diferentes campos do conhecimento, como a arte, a história e a filosofia. O recorte temporal centra-se, principalmente, na década de 1940, período que marcou o início da coleção de Arte Bruta de Dubuffet. A Arte Bruta diz respeito às produções artísticas de internos em hospitais psiquiátricos e de enclausurados em prisões — aqueles marginalizados e silenciados por nossa sociedade normativa. Em sua obra teórica, Dubuffet desenvolveu posicionamentos em oposição ao campo da arte, às classes dominantes, à educação, à Igreja e ao Estado, respaldando-se nas publicações do filósofo alemão Max Stirner. Por essa razão, a reflexão envereda, em diferentes momentos do estudo, pelo pensamento stirneano, com o propósito de mostrar a possível influência no ideário de Dubuffet. No que se refere às publicações específicas de Dubuffet, respaldam as reflexões e os pontos de vista adotados, entre outras: o catálogo L’Art Brut préféré aux arts culturels (1949); o ensaio Cultura asfixiante (1968); o livro Escritos sobre arte (1975); a autobiografia Biografía a paso de carga (1985). Tendo em vista a importância e a raridade dos estudos do tema arte e loucura, a pesquisa amplia e desdobra a discussão para o contexto brasileiro. Analisa-se, para tanto, a trajetória de Osório Cesar, de Nise da Silveira e de Mário Pedrosa. Osório Cesar e Nise da Silveira revolucionaram o tratamento da loucura no Brasil, por meio de terapias baseadas no afeto e nas relações sociais. Mário Pedrosa defendeu as produções artísticas dos pacientes psiquiátricos, criando o conceito de Arte Virgem.

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