Estrabão e o domínio romano sobre a Ibéria: um estudo à luz dos conceitos de isotopia e heterotopia (27 a.C. - 23 d.C.)

Nome: GUILHERME DE AQUINO SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/06/2021
Orientador:

Nome	Papel
GILVAN VENTURA DA SILVA	Orientador

Banca:

Nome	Papel
BELCHIOR MONTEIRO LIMA NETO	Examinador Interno
ÉRICA CRISTHYANE MORAIS DA SILVA	Examinador Interno
GILVAN VENTURA DA SILVA	Orientador
SEMÍRAMIS CORSI SILVA	Examinador Externo

Resumo: A Geografia, de Estrabão, auxilia-nos a compreender os processos de conquista, que levaram à consolidação do Império Romano, bem como a entender as interações culturais entre romanos e grupos autóctones, fenômeno que conhecemos como romanização. No Livro III da Geografia, Estrabão representa o espaço físico, biológico e cultural da Ibéria, gerando uma polarização entre as regiões sul e leste, consideradas como isotopias, e o Norte, tratado como uma heterotopia. Mediante a Análise de Conteúdo, método desenvolvido por Laurence Bardin, verificamos que Estrabão se vale de diversas características para formular uma visão que conecta os povos do sul e leste da Ibéria à identidade romana, ao mesmo tempo em que evidencia a alteridade dos povos setentrionais. Tal visão dicotomizada, para nós, nada mais é do que uma estratégia de Estrabão para justificar a conquista romana do norte da Ibéria, visando à transformação daquele espaço de acordo com os padrões culturais greco-romanos. Essa modificação seria alcançada sobretudo por meio da introdução de um modelo urbano de tipo romano em substituição aos modelos pré-romanos, os quais Estrabão nomeia de forma generalizada como aldeias. Diante disso, conduzimos a presente pesquisa com base em um conjunto de conceitos norteadores, a saber: império/imperialismo, romanização, representação, identidade/alteridade, espaço, para além dos nossos conceitos principais, isotopia e heterotopia.

Palavras-chave: Espaço. Isotopia e heterotopia. Império Romano. Ibéria. Estrabão.

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