O ethos de Pseudo-Alberto Magno no De secretis mulierum: a autoridade do autor e a legitimação do seu discurso (século XIII)
Nome: LAILA LUA PISSINATI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/08/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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LENI RIBEIRO LEITE | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DULCE OLIVEIRA AMARANTE DOS SANTOS | Examinador Externo |
LENI RIBEIRO LEITE | Orientador |
SERGIO ALBERTO FELDMAN | Examinador Interno |
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar como Pseudo-Alberto Magno cria autoridade para si e para o seu tratado filosófico-médico De secretis mulierum, garantindo, com isso, a legitimação de seu discurso e a adesão dos leitores. A obra, atribuída a Alberto Magno, foi composta por volta do final do século XIII e início do século XIV. Pertencente ao gênero secreta mulierum, específico da Europa do século XIII, a obra aborda o tema da reprodução humana, congregando filosofia natural e medicina. Para alcançar nosso objetivo procuramos analisar o éthos de Pseudo-Alberto Magno, investigando, primeiramente, os motivos que levaram o autor a apresentar seu texto como uma epístola, bem como a utilizar-se de métodos escolásticos na composição. Em seguida, investigamos com quais discursos Pseudo-Alberto Magno dialoga, analisando os motivos pelos quais o autor escreve o texto e a imagem criada ao vincular o discurso de seu tratado ao da filosofia natural, majoritariamente. Ainda, verificamos a posição do autor frente às questões sócio-políticas, como a representação das mulheres no texto. Para tal análise, utilizamos os pressupostos teórico-metodológicos provenientes da Análise do Discurso de linha francesa, especificamente os conceitos de éthos, campo e gênero discursivos de Dominique Maingueneau, bem como os conceitos de representação de Roger Chartier, gênero de Joan Scott e Dominação Masculina de Pierre Bourdieu.