A Ditadura Militar no Espírito Santo: o Consentimento por Meio do Jornal A Gazeta (1971-1975)
Nome: DAVI ELIAS RANGEL SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/04/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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PEDRO ERNESTO FAGUNDES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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JANAÍNA MARTINS CORDEIRO | Examinador Externo |
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Examinador Interno |
PEDRO ERNESTO FAGUNDES | Orientador |
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
Resumo: Este trabalho pretende analisar a construção de uma memória positiva sobre a Ditadura Militar no Espírito Santo, por intermédio do jornal A Gazeta durante o governo do Arthur Carlos Gerhardt Santos (1971-1975). Para tal finalidade utilizar-se-á da perspectiva teórica sobre o consentimento para tentar compreender a participação de setores da sociedade civil durante esse regime político autoritário. Por isso, é importante entender o contexto político, social e econômico do período conhecido por Milagre Econômico; especificamente, o projeto econômico de modernização conservadora do então presidente militar Emílio Gastarrazu Médici (1969-1974); e de como, em seu governo, foram utilizadas a censura e a propaganda política, as quais ditaram o tom das práticas comunicativas da Ditadura com os cidadãos. É nesse contexto político-social repressivo que buscamos captar a presença de duas memórias em disputa: a do triunfo e a do trauma. Para tanto, se fez necessário uma reflexão historiográfica sobre a contribuição da imprensa oficial capixaba (o jornal A Gazeta) na elaboração dessa memória positiva, via análise documental dos impressos, desta que é o objeto e fonte, simultaneamente, deste trabalho, e que estão disponíveis no Arquivo Público Estadual e demais acervos correspondentes. Sendo assim, utilizaremos da abordagem metodológica do filósofo alemão Jurgen Habermas e seu conceito sobre a Esfera Pública, onde analisa a atuação da imprensa no espaço público, enquanto organismo de mediação entre o governo constituído; e do historiador francês Roger Chartier que desenvolve o conceito de representação social, baseado nas práticas e representações que moldam a forma de pensar e agir da sociedade em determinado contexto histórico. Portanto, os caminhos do consenso e do consentimento trilhados pela ditadura militar (1964-1985) no Espírito Santo, cujos mecanismos estiveram ativos no passado, ecoam no tempo presente indicando os conflitos silenciosos entre as memórias, tendo em vista a relação complexa da sociedade com o regime ditatorial que precisam ser revelados.