O impaludismo na Estrada de Ferro Vitória a Minas (1920 - 1942)

Nome: LUIZA MARIA DE CASTRO AUGUSTO ALVARENGA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 21/05/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CRISTINA DADALTO Co-orientador
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ LUÍS LIMA NOGUEIRA Examinador Externo
FILOMENA EURIDICE CARVALHO DE ALENCAR Examinador Externo
MARIA CRISTINA DADALTO Coorientador
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO Examinador Interno
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador

Páginas

Resumo: O estudo tem como finalidade a construção da historiografia da malária no território percorrido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, entre os anos de 1920 e 1942. Para tanto, utiliza fontes documentais, bibliográficas e orais, buscando apoio nos pressupostos teóricos de Charles Rosemberg, de modo que dois conceitos estruturaram o caminho metodológico: o framing desease, em que a ciência enquadra a doença, e o desease as a frame, em que a própria doença enquadra a sociedade e é capaz de revelar os acontecimentos sociais do momento. Busca a temática pesquisada na leitura de documentos e entrevistas a partir da análise de conteúdo. Na construção da historiografia da malária, conhecida na ferrovia como impaludismo, expõe a interação de quatro elementos: a doença, o corpo que adoece, a ferrovia e as políticas de saúde para controle da doença, no recorte de tempo estudado, elementos que dão forma aos capítulos. Mostra que a malária revelou a política de saúde estadual, dependente técnica e financeiramente do Governo Federal, cujas ações de controle e prevenção se concentraram na capital, deixando o interior do Espírito Santo sem a devida proteção, não abrangendo a população trabalhadora da Estrada de Ferro Vitoria a Minas e não atendendo o norte do Estado. Aponta que os médicos da ferrovia distribuíam quinino e outras fórmulas para tratamento e prevenção da doença, mas em subdoses que não garantiam o tratamento, sem controle da prescrição e dos efeitos colaterais. Relata que a insalubridade do meio ambiente colocou em risco grande parte dos operários, que adoeceram e morreram de malária, diferentemente dos trabalhadores contratados pela ferrovia. Observa que os documentos pesquisados não registram mortes de operários, como denunciado pelos memorialistas. Deixa a história ainda inacabada.

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