Revendo histórias, quebrando o silêncio: Representações sociais da velhice nos relatos de mulheres em situação de violência, Vitória - ES (2010 - 2020)

Nome: LUCIANA SILVEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 21/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA BEATRIZ NADER Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GILSA HELENA BARCELLOS Examinador Externo
LIDIA MARIA VIANNA POSSAS Examinador Externo
MARIA BEATRIZ NADER Orientador
MARIA CRISTINA DADALTO Examinador Interno
MIRELA MARIN MORGANTE Examinador Interno

Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as experiências de mulheres com o processo de envelhecimento e a violência, a partir dos relatos das usuárias dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) da cidade de Vitória, capital do estado do Espírito Santo. Toma-se o envelhecimento como um processo biológico e psicossocial, sobre o qual incide as condições de gênero, raça e classe. Ou seja, o ritmo e o impacto das transformações que são próprias do avançar da idade são percebidos e vivenciados de modo diferente pelos sujeitos em envelhecimento, tanto entre homens e mulheres, como entre mulheres de diferentes contextos. Além disso, considera-se que a velhice, enquanto uma categoria de idade, é também histórica e social, pois assumiu ao longo do tempo múltiplas representações. No final do século XIX, aparece associada à velhice desamparada e asilada dos velhos pobres que não possuíam mais condições de contribuir com o sistema produtivo, nem de se manter financeiramente. Por outro lado, a partir da década de 1980, viu-se emergir uma noção de envelhecimento ativo, ligada a um “estado de espírito”, que tende a colocar os sujeitos na posição de responsáveis pelo seu próprio processo de envelhecimento (DEBERT, 2004). Longe de significar uma profunda modificação na situação dos idosos em nossa sociedade, argumenta-se que essas representações, ora depreciativas, ora positivas do envelhecimento, coexistem e contribuem para a permanência de uma vulnerabilidade dos idosos à discriminação e à violência, especialmente das mulheres idosas. Essa assertiva tem como base a história de vitimização das mulheres pela violência de gênero, que se estende durante todas as etapas da vida, inclusive a velhice. Pretende-se, portanto, a partir da História Oral de Vida, compreender os diferentes contextos, as motivações envolvidas e as percepções sobre as situações de violência que levam essas mulheres a romperem o silêncio e a buscarem o atendimento nos serviços especializados. Além de identificar os possíveis impactos das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as pessoas idosas na cidade de Vitória- ES nos anos de 2010 a 2020.

Palavras-chave: mulheres; envelhecimento; violência; gênero; História Oral.

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