Defesa de dissertação de mestrado de Gabriella Torres de Oliveira

Título: Guerra e Paz em Historiae Adversus Paganos: Paulo Orósio e a representação de uma nova ordem imperial sob a égide cristã (século V D.C)
Data de defesa: 02/07/2021
Horário: 14:00
Local: sala de reunião virtual

Banca Examinadora: Belchior Monteiro Lima Neto (Presidente/Orientador – UFES)
Gilvan Ventura da Silva (Examinador Interno – UFES)
Érica Cristhyane Morais da Silva (Examinador Interno – UFES)
Hariadne Soares da Penha Bocayuva (Examinador Externo – SEDU/ES)

 

Resumo: Está dissertação analisa a obra Historiae adversus paganos, escrita pelo presbítero bracaraense Paulo Orósio durante o século V d. C. Buscamos com esta análise compreender a representação dos acontecimentos históricos, num viés de conflito entre pagãos e cristãos, no período tardo-antigo. Acreditamos, que a construção de pares dicotômicos, como guerra e paz, tempos pagãos e cristãos, seja uma estratégia retórica do autor no sentido de propor uma narrativa cristã acerca de um contexto de instabilidade política do Império Romano no século V d. C. O contexto deste período marcou as narrativas da época, cristãos e pagãos buscaram por respostas, seja culpabilizando uns aos outros, interpretações de viés religioso ou de análises politico-militares. Orósioestá justamente inserido entre os que formularam respostas para a época. O autor de Historiae, utiliza os eventos históricos, afim de legitimar seu discurso apologético,refutando as inúmeras acusações dos pagãos contra os cristãos,mas principalmente como meio de corroborar sua tese de que os eventos dentro do Império Romano, eram as primicias da construção de uma nova ordem imperial baseada na concórdia da Christiana Tempora. Ao descrever a história da humanidade, desde Adão, até o início do século V, seu objetivo era justamente demonstrar a superioridade do período cristão, em comparação com o período pagão, consequentemente organiza sua narrativa histórica, cujo ápice para os cristãosé durante o governo do imperador Augusto, como nascimento de Jesus. A partir deste momento as justificativas para os infortunios iniciaram-se, de modo que o mais pesado infortúnio fosse considerado pequeno, para o que estava por vir, o advento de uma nova Ordem Imperial Cristã.

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