Entre a opinião e o público: linguagens políticas na independência e no primeiro reinado do Brasil
Nome: JORGE VINÍCIUS MONTEIRO VIANNA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 24/10/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Orientador |
ANDRÉA SLEMIAN | Examinador Externo |
FERNANDA CLÁUDIA PANDOLFI | Examinador Interno |
KÁTIA SAUSEN DA MOTTA | Examinador Interno |
MARCELLO OTÁVIO NERI DE CAMPOS BASILE | Examinador Externo |
Resumo: Nesta tese, buscou-se problematizar a imagem do Primeiro Reinado, principalmente construída no Oitocentos, como período marcado por crises e instabilidades. Tomou-se como objeto de análise as características das linguagens políticas desenvolvidas desde o período da Independência até o Primeiro Reinado. As fontes escolhidas constituem-se impressos periódicos que circularam na Corte fluminense e nas províncias de São Paulo e de Minas Gerais, entre os anos de 1821 e 1829. Para a exploração da imprensa, adotou-se a perspectiva Collinwoodiana da Escola de Cambridge, que identifica a importância das linguagens e do vocabulário político no contexto político. De suas diversas matizes, selecionaram-se os autores que reforçam a necessária articulação entre texto e contexto, pois se abre a possibilidade de entender o que cada autor pretende ao formular ou responder determinada questão, ou até mesmo, porque contesta, repele, privilegia ou ignora certas perspectivas e visões sociopolíticas. Serviram como base teórica os conceitos de opinião pública, espaços públicos, nação e cultura política para a compreensão da circulação das ideias durante o processo de encadeamento e de animosidades em torno dos discursos políticos liberais, que, publicados na América portuguesa desde 1821, formaram, forjaram e deram legitimidade à linguagem política liberal moderada criada no Primeiro Reinado. Por fim, sustentam-se duas hipóteses como conclusão de pesquisa. A primeira consiste na afirmação da linguagem liberal moderada como processo de reordenação e ressignificação linguística de conteúdos formulados em estruturas enunciativas já circulantes durante o processo de emancipação política do Brasil. A segunda destaca a linguagem liberal moderada como nova forma discursiva de fazer oposição ao governo imperial de d. Pedro I.