Criar Laços para Viver Juntos: a Constituição de Famílias Entre Os Escravos de Vitória, 1850-1871.

Nome: ROSANI FREITAS FARIA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/04/2013

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS ENGEMANN Examinador Externo
ESTILAQUE FERREIRA DOS SANTOS Examinador Externo
GERALDO ANTONIO SOARES Orientador
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO Examinador Interno
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Examinador Interno

Resumo: A dissertação discute as relações familiares entre os cativos na cidade de Vitória, capital da Província do Espírito Santo, no decorrer do período compreendido entre 1850 e 1871. Trata-se de uma região voltada para o abastecimento interno e caracterizada pelo predomínio de pequenas e médias escravarias, cuja reposição realizou-se principalmente via reprodução endógena. Nesse contexto, analisa-se a família escrava em suas múltiplas faces, para além das relações consanguíneas, incluindo os laços estabelecidos por meio do matrimônio e do compadrio cristão. Busca-se também compreender o universo das relações ilícitas (constituídas à margem das normas eclesiásticas) construídas na convivência cotidiana entre escravos, livres pobres e até mesmo senhores. Se, por um lado, o matrimônio foi o recurso mais utilizado para estabelecer alianças dentro do cativeiro, o compadrio, por sua vez, permitiu aos cativos estenderem seus laços de solidariedade para fora do cativeiro, abarcando escravos de outros plantéis, forros e livres. Para os casais caracterizados por desigualdades sociais e raciais a ilegitimidade constituiu o lugar por excelência para o desenvolvimento de suas relações familiares e sexuais. Voltamos a atenção ainda para as atitudes dos senhores em relação a seus escravos especialmente no que respeita aos seus laços familiares num momento muito particular: diante da morte. Além disso, discute-se a estabilidade familiar cativa por meio do acompanhamento do destino desses núcleos familiares após a morte do senhor e a consequente partilha de seus bens. Foram utilizadas como fontes desta dissertação os inventários post-mortem, os testamentos, os registros eclesiásticos (de batismo, casamento e óbito), os diários de visitas pastorais e os relatórios provinciais. Nesses documentos buscou-se compreender de que modo os escravos em suas múltiplas relações sociais traçaram estratégias as mais diversas, com o intuito de forjaram melhores condições de existência.

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