A Revolução Iraniana na Perspectiva de Khomeini: Representações
e Paradigmas de um Governo Islâmico Xiita (1979-1989)

Nome: EDUARDO TEIXEIRA GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/05/2007

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GERALDO ANTONIO SOARES Orientador
GILVAN VENTURA DA SILVA Examinador Interno
PAULO GABRIEL HILU DA ROCHA PINTO Examinador Externo
SERGIO ALBERTO FELDMAN Examinador Interno

Resumo: Analisa-se as vicissitudes do Estado islâmico xiita e o conjunto de conexões entre a religião e o governo em sua dialética do sagrado. Investiga-se o pensamento político-teológico de Ruhullah Khomeini, tanto suas motivações endógenas como as tipologias teológicas
estruturais, elucidando as conexões possíveis entre política e religião nos seus processos culturais que formam alteridades e identidades em seu bojo de expressões sócio-políticas: os sistemas institucionais, o profetismo politizante e o radicalismo como uma forma também
de expressão social e política emancipatória.
Focaliza-se os ineditismos do paradigma Khomeinista na construção política da revolução iraniana, compreendendo de que forma a República dos Aiatolás configura uma visão própria e islâmica da modernidade. Resgata-se as especificidades das idéias de Khomeini
que engendraram pontos inéditos na história política iraniana, tais como: A chamada política para o ativismo político clerical; a tutela de um guardião os conduzindo às leis justas e retas
configurando um aparato político norteado pelo escrituralismo governamental; Khomeini protagonizou a despersonificação do xiismo, isto é, a centralidade da lei religiosa substituiu a da pessoa religiosa. Os ritos de instituição e os aparatos de representações hegemônicas
estão voltados para sacralização da política e do governo sob a égide do Corão. Apresenta-se ainda os paradigmas para implantação do governo islâmico sob a égide do escrituralismo governamental, segundo a formação discursiva de Khomeini. Destaca-se a expectativa que a revolução iraniana engendra nas minorias islâmicas estacionadas na
periferia do capitalismo mundial, ressaltando a ascensão do Irã como ator político regional e seus desdobramentos nas relações entre o mundo muçulmano e o Ocidente.
Ressalta-se os meandros históricos e os contornos atuais das diversas tensões entre a modernidade e a simbologia xiita, resgatando congruências e disparidades. O predomínio da fé é um caminho revolucionário para aproximação entre tais mundos tão mais próximos do
que admitem. Principalmente no que tange aos erros de interpretação do interlocutor que insistindo em readotar determinadas posturas históricas, formata e consolida um ambiente moral e político de hostilidade e incompreensão.

Palavras-chave: Islamismo. Modernidade. Radicalismo. Escrituralismo. Xiismo. Fé.
Revolução.

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