Vivos no campo de esquecimento: lepra e isolamento compulsório no Espírito Santo (1920-1962)
Nome: TANIA MARIA DE ARAUJO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 03/11/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Examinador Interno |
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO | Orientador |
SIMONE SANTOS DE ALMEIDA SILVA | Examinador Externo |
YARA NOGUEIRA MONTEIRO | Examinador Externo |
ZILDA MARIA MENEZES LIMA | Examinador Externo |
Resumo: O estudo tem como finalidade analisar a política do isolamento compulsório de pessoas leprosas no Espírito Santo entre as décadas 1920 e 1960, bem como a percepção acerca da doença e do isolamento para doentes submetidos obrigatoriamente à internação. Trata-se de uma investigação de natureza exploratória em que utilizamos fontes bibliográficas, documentais e orais. O estudo apontou que a segregação dos doentes se constituiu como uma resposta política e sanitária para conter a doença, mas decretou centenas de indivíduos ao esquecimento e trouxe efeitos danosos para eles e suas famílias. A partir dos depoimentos de ex-internos da colônia, identificamos que a experiência com a doença e o isolamento trouxeram impactos como ressentimento, abandono de projetos de vida, desvinculação social e reforço do estigma, sendo essa marca uma questão não superada na atualidade. O estudo também nos mostrou a necessidade de distinguirmos, no indivíduo afetado pela política de isolamento, a capacidade de buscar estratégias para lidar com as adversidades e restabelecer novas dinâmicas para sua vida.