O Processo de Modernização Autoritária Da
agricultura no Espírito Santo: Os Índios
tupinikin e Guarani Mbya e a Empresa
aracruz Celulose S/a (19671983)

Nome: KLÍTIA LOUREIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/04/2006

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO CARLOS AMADOR GIL Examinador Interno
CELESTE CICCARONE Examinador Interno
IZABEL MISSAGIA DE MATTOS Examinador Externo
VANIA MARIA LOSADA MOREIRA Orientador

Resumo: Demonstra que a implantação da empresa Aracruz Celulose S/A (1972) no município de Aracruz, litoral norte do estado do Espírito Santo, é resultado de uma política agrária em consonância com o projeto dos generais-presidentes ao longo da ditadura militar no Brasil, uma vez que, as decisões sobre a questão da terra se concentravam em seus gabinetes e que os militares golpistas não só incentivavam os grandes projetos de investimentos agroindustriais, como também impediam a maior participação da sociedade brasileira na discussão sobre as conseqüências desses empreendimentos. Esclarece que a instalação da Aracruz Celulose é resultante de fatores relacionados à dinâmica capitalista internacional, nacional e estadual: em âmbito internacional, por ser este um contexto favorável, devido à expansão acelerada do comércio internacional e da disponibilidade de capitais para
investimento e financiamento; em âmbito nacional, porque os incentivos estatais à modernização da agricultura no período entre 1960 e 1980 provocaram mudanças estruturais no setor; em âmbito estadual, porque a política fundiária dos governos militares veio ao encontro dos interesses da elite local, que, para promover a diversificação e/ou industrialização da economia estadual, até então demasiadamente dependente da cultura do café, não poupou esforços para atingir seus objetivos. Destaca que a instalação da Aracruz Celulose no município de Aracruz não só alterou significativamente o padrão de posse e de uso da terra, como também atingiu sobremaneira as populações preexistentes (comunidades indígenas, remanescentes de quilombos, pequenos agricultores, posseiros). À luz desses acontecimentos, busca analisar o desenvolvimento da luta pelo reconhecimento tétnico dos índios Tupinikin e do conflito pela posse das terras indígenas Tupinikin e
Guarani Mbya, desencadeados pela implantação da indústria de celulose no município de Aracruz, entre os anos de 1967 a 1983.

Palavras-chave: Aracruz Celulose; Posse de terras indígenas - conflitos; Identidade étnica.

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