Otto Hintze e o Estado Nacional na Historiografia alemã (1888-1931)

Nome: ABNER MADEIRA WOTKOSKY
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/10/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Examinador Interno
MARCELO DURÃO RODRIGUES DA CUNHA Examinador Externo
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA Orientador

Resumo: A presente dissertação tem por objetivo, a partir do pressuposto de que a atual atmosfera do campo historiográfico permite reflexões importantes sobre o fazer histórico, as bases da disciplina e seu papel político-social no Ocidente, promover uma avaliação das narrativas históricas do desenvolvimento dos Estados nacionais na Europa, uma temática basilar da disciplina dentro do contexto de cientifização e consolidação no seio do pensamento nacionalista entre o século XIX e meados do XX. A Historiografia alemã causa particular interesse quando falamos das produções históricas nacionalistas, nesse período, por todo o contexto de formação da disciplina na Alemanha e as questões políticas do país. O exemplo fundamental que surge como objeto nesse trabalho é a obra do historiador Otto Hintze, cujo período de atividade se deu entre o final da década de 1880 e o fim da República de Weimar, no início dos anos 1930. Os ensaios de Hintze são interessantes como forma de análise de abordagens da Historiografia alemã sobre a história dos Estados nacionais europeus em diferentes momentos. A hipótese, nesse caso, é de que o antes e o depois da Primeira Guerra Mundial representam uma transição fundamental na obra do autor, passando de uma centralidade da Prússia como paradigma de um modelo geral de narrativa da formação dos Estados nacionais para uma revisão desse modelo, com a ascensão do "mal estar historiográfico" provocado pelo fim da guerra e a nova ordem política estabelecida nos anos 1920, o que pôde ser concluído a partir dos ensaios publicados por Hintze ao longo de sua carreira. Como principais referenciais teórico-metodológicos, me foi central o debate sobre os conceitos de nação, nacionalismo e Estados nacionais enquanto fenômenos modernos a partir da perspectiva de autores como Benedict Anderson, Reinhart Koselleck e Jurgen Habermas, e também as ferramentas da História da Historiografia, tanto em uma perspectiva mais clássica como a de Michel de Certeau, como em uma leitura que pensa esse campo numa dimensão autônoma dentro da disciplina.

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