A Arte Vai a Luta: Resistência Artística na Itália Fascista

Nome: BEATRIZ NASCIMENTO TELES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/04/2017

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GERALDO ANTONIO SOARES Orientador
JOSEMAR MACHADO DE OLIVEIRA Examinador Interno
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Examinador Interno
VITOR AMORIM DE ANGELO Examinador Externo

Resumo: O presente trabalho tem como foco a análise da resistência artística antifascista italiana, que ganhou forma através do filme Ossessione, do cineasta Luchino Visconti. Essa resistência se reuniu durante o fim da década de 1930 e início de 1940 ao redor da revista de crítica cinematográfica Cinema, período do nosso recorte temporal. O período compreendido por esse recorte foi assim estipulado por dois motivos. Primeiramente porque foi uma época em que o regime fascista italiano esteve envolvido em guerras imperialistas, como a guerra da Etiópia, e na Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo o regime buscou ter maior controle sobre a imprensa e a arte, usando-os intensamente como forma de propaganda para a manipulação da opinião pública em prol da mobilização para a guerra. O segundo motivo diz respeito à construção de um ambiente de relativa liberdade de expressão ao redor da revista Cinema, dirigida por Vittorio Mussolini, filho do ditador italiano. Essa revista tinha em sua equipe editorial nomes como Gianni Puccini, Giuseppe De Santis, Mario Alicata, Antonio Pietrangeli e Luchino Visconti. Após anos escrevendo ásperas críticas a respeito do tipo de cinema que se produzia nesse período na Itália, esse grupo foi responsável pela produção do filme Ossessione, obra considerada nesse trabalho como a bandeira desse grupo de jovens cineastas, fruto do amadurecimento de um antifascismo artístico. Essa dissertação tem o objetivo de analisar como funcionava a censura do regime fascista italiano, como era o discurso da propaganda fascista nas mídias, e de que forma o grupo responsável pela produção de Ossessione conseguiu utilizar os meios disponíveis para fazer resistência artística ao fascismo, a partir da denúncia da pobreza, da desesperança e da falta de opções em uma sociedade controlada por um regime autoritário fascista.

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