O poder e a luta pela propriedade da terra no vale do rio Iconha/Piúma: o caso Thomaz Dutton Junior (1870-1906)

Nome: SOLANGE FARIA PRADO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/07/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALDIERIS BRAZ AMORIM CAPRINI Examinador Externo
GILTON LUÍS FERREIRA Examinador Externo
GILVAN VENTURA DA SILVA Examinador Interno
MARIA CRISTINA DADALTO Examinador Interno
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador

Resumo: Ao chegar ao povoado de Piúma, região sul capixaba, por volta dos anos iniciais da década de 1870, Thomaz Dutton Junior, inglês de nascimento e mais tarde naturalizado brasileiro, desejava fazer parte da “boa sociedade” e ter direito a todas as prerrogativas que o grupo proporcionaria. No território de Piúma, adquiriu boa parte da massa falida de João Baptista Rodocanachi, um comerciante grego de grosso trato que explorava madeiras de lei e as comercializava para construção civil e naval. Na fazenda Monte Bello, após instalar colonos ingleses, Thomaz Dutton se envolveu em querelas jurídico-fundiárias com mandões do lugar com quem tinha relações interdependentes, sobretudo com Alexandrino Pires Martins e José Gonçalves Costa Beiriz, que ocultavam, ao fim e ao cabo, um complexo jogo por disputas políticas locais, por prestígio, por boa reputação e poder. No seio dessas disputas estava a propriedade da terra, símbolo de poder e mando, que o levou à insolvência. Este estudo investiga a trajetória de Thomaz Dutton, pautando-se na teoria da Configuração de Norbert Elias associada à teoria do Poder Simbólico de Pierre Bourdier. Objetiva compreender a maneira como as práticas do poder são materializadas nas relações sociais, identificando a aprendizagem extraída de relações interdependentes bem como os valores construídos a partir delas. Parte de análises de fontes documentais, como relatórios presidenciais provinciais, requerimentos, atas, cartas e artigos de jornais – corpus documental, dominante nesta investigação –, buscando vestígios no conteúdo dos discursos ali inseridos para poder descortinar as tramas do tecido social com lentes de objetivas aumentadas. Desse modo, torna possível trazer à tona a história local do território do vale do Iconha/Piúma no espaço de tempo entre 1870 e 1906 e assim expor suas particularidades e singularidades, inserindo-a no contexto da história regional capixaba e nacional. Destarte, usando o alicerce teórico-metodológico já apresentado, destaca as particularidades e feitos do passado da sociedade piumense que ainda estavam fora do campo de experiência e precisavam ser conhecidas para fazer parte da História do Espírito Santo.

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