Os filhos de Malinche: As representações sobre os indígenas na ótica de Diego Rivera (1920-1940)
Nome: JORCY FOERSTE JACOB
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/08/2014
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO CARLOS AMADOR GIL | Orientador |
CLAUDIA WASSERMAN | Examinador Externo |
FABIO MURUCI DOS SANTOS | Examinador Interno |
Resumo: Neste trabalho analisamos as representações sobre os indígenas produzidas por Diego Rivera enquanto pintor muralista. O movimento de pintura mural fez parte das políticas do Estado pós-revolucionário para construção de uma nação moderna nos parâmetros ocidentais. O grande problema era incluir neste ideal nacionalista os grupos distintos que participaram do processo revolucionário, entre eles, as numerosas populações indígenas excluídas, social, econômica e culturalmente da sociedade Mexicana. Com base nas perspectivas antropológicas formulou-se o indigenismo, política sistemática e unilateral dirigida aos indígenas com o intuito de mexicanizá-los. Este projeto tinha como objetivo central a defesa da verdadeira e única identidade mexicana, a mestiça, no sentido de mescla entre a cultura ocidental e indígena. Dentro desse contexto, inicia-se oficialmente em 1922, o muralismo mexicano. Ele surge como elemento fundamental para divulgação de representações sobre o ser mexicano, e, portanto, essencial para legitimação simbólica do Estado nacional. Entretanto, assim como o próprio discurso indigenista institucional apresentou variações, já que seus intelectuais não falaram todos com uma só perspectiva, os muralistas não representaram o índio e a nação em termos únicos. Neste sentido, trabalharemos com escritos e pinturas murais dos anos de 1920 aos anos de 1940 produzidos por Diego Rivera. O intuito é entender como o pintor se apropriou dos discursos indigenistas da época e criou suas representações de indígenas e de nação.