Viajantes, Natureza e Índios: a Província do Espírito Santo no Relato de Auguste François Biard (1858-1859)

Nome: MARCELA SARNAGLIA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/05/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTIANO PEREIRA ALENCAR ARRAIS Examinador Externo
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Orientador
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO Examinador Interno

Resumo: No século XIX, o Brasil recebeu a visita de diversos viajantes estrangeiros que escreveram relatos variados sobre seu território, descrevendo sua fauna e flora, suas cidades e costumes, entre outros aspectos. As narrativas desses viajantes serviram para divulgar na Europa uma determinada visão do Novo Mundo. Com relação ao século XIX, percebe-se que praticamente todos os viajantes estudaram, em maior ou em menor grau, a flora e a fauna, observaram a vida social, avaliaram as relações de trabalho e produção e se interessaram por questões relacionadas à escravidão e aos indígenas. Nesse contexto, o viajante francês Auguste François Biard viajou pelo Brasil, passando pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e Amazonas. Sua narrativa descreve, particularmente, a natureza e os índios, com comentários preciosos para a compreensão daquilo que era a província do Espírito Santo no século XIX. Esta dissertação analisa os comentários do pintor francês sobre a paisagem e o indígena capixabas, partindo do pressuposto de que Biard, ao mesmo tempo em que compartilhava da visão de outros viajantes a respeito das terras visitadas, possuía também uma visão singular, pautada pela ironia e pelo exagero. Este trabalho abrange tanto a narrativa quanto as imagens produzidas por Biard durante sua permanência na província do Espírito Santo. Ao escrever seu relato, o pintor compartilhou com ideias românticas sobre a natureza e o índio. Porém, sua visão particular aparece nos momentos em que o francês mostra uma realidade muito diferente daquela idealizada por outros viajantes, pois a floresta não é apenas o lugar da beleza e da espiritualidade, mas, igualmente, o habitat de insetos e animais perigosos. Além disso, ao tratar do indígena, Biard vai além da idealização do bom selvagem: o índio também tem vícios, é preguiçoso, indolente e covarde.

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