Enlaces e Desenlaces: Família Escrava e Reprodução Endógena no Espírito Santo (1790-1871)
Nome: GEISA LOURENÇO RIBEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/08/2012
Orientador:
Nome | Papel |
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ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DARIO HORÁCIO GUTIÉRREZ GALLARDO | Examinador Externo |
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Examinador Externo |
GERALDO ANTONIO SOARES | Examinador Interno |
ADRIANA PEREIRA CAMPOS | Orientador |
Resumo: A existência de famílias escravas, durante muito tempo oculta pela historiografia brasileira, já não é questionada pelos estudiosos que, atualmente, se concentram em investigar seus significados sociais, políticos e econômicos. A amplitude territorial e cronológica na qual se desenvolveu a escravidão no Brasil justifica o interesse contínuo no assunto, sobre o qual versa este trabalho. O Espírito Santo, por sua íntima relação com a escravidão e por abrigar em seu território tanto áreas produtoras de alimentos em pequenas propriedades quanto grandes fazendas agroexportadoras, constituiu locus privilegiado para a análise. A partir de inventários post-mortem, registros eclesiásticos de casamento, relatórios de presidentes da Província e censos, produzidos entre os decênios finais do período colonial e a Lei Rio Branco, responsável por libertar o ventre cativo, em 1871, procurou-se analisar a importância da reprodução endógena, isto é, da família escrava para a reprodução da sociedade escravista. O objetivo principal foi perseguido sem perder de vista a iniciativa das pessoas submetidas ao cativeiro e o jogo de interesses que envolviam os enlaces e desenlaces familiares.