Paulo e a ekklesia de Corinto: conflitos sociais e disputas de autoridade no período paleocristão
Nome: SIMONE REZENDE DA PENHA MENDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/03/2012
Orientador:
Nome | Papel |
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GILVAN VENTURA DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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SERGIO ALBERTO FELDMAN | Examinador Interno |
MONICA SELVATICI | Examinador Externo |
GILVAN VENTURA DA SILVA | Orientador |
Resumo: Este estudo objetiva identificar a motivação para a emergência dos conflitos de natureza política na ekklesia de Corinto, logo após a sua fundação, em 50, por Paulo de Tarso. Destaca que as epístolas 1 e 2 Coríntios, redigidas por Paulo e endereçadas a essa comunidade entre 54-60, apresentam conflitos relacionados ao tipo de conduta adotado pelos membros e, sobretudo, a disputas por autoridade dentro da ekklesia, as quais se desdobram numa oposição à autoridade de Paulo como apóstolo. Na averiguação dos conflitos, faz uso de uma metodologia que se apoia na Análise de Conteúdo e nos pressupostos teóricos de Bourdieu acerca da eficácia do discurso e do poder simbólico, e assim investiga o grau de institucionalização do paleocristianismo e os modelos de autoridade apostólica vigentes no século I. Aponta como resultados que a autoridade de Paulo foi contestada porque os grupos paleocristãos não tinham uma referência única de autoridade e que o grau de institucionalização do paleocristianismo na metade do século I se mostrava incipiente, caracterizado pela ausência de fronteiras bem definidas entre os grupos religiosos de tendência judaico-cristã.