De Porta Adentro a Porta Afora:
trabalho Escravo nas Freguesias do Espírito Santo (1850-1871)

Nome: ALOIZA DELURDE REALI DE JESUS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/08/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA PEREIRA CAMPOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GILVAN LUIZ FOGEL Suplente Interno
MANOLO GARCIA FLORENTINO Examinador Externo
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Examinador Interno
SERGIO ALBERTO FELDMAN Examinador Interno

Resumo: A presente dissertação, De porta adentro a porta afora: trabalho escravo nas freguesias do Espírito Santo (1850-1871), possui o objetivo de apresentar os principais aspectos do trabalho realizado por escravos em freguesias do Espírito Santo, em especial Vitória, Capital da Província, e cidades vizinhas, no período de 1850 a 1871. Os principais grupos de fontes analisados foram os autos criminais da Comarca de Vitória (divisão judiciária da Província) e os periódicos jornalísticos Correio da Victoria, Jornal da Victoria e o Espírito-Santense. Analisou-se, também, o 1º Livro de classificação de escravos para serem libertos do município de Victória e os ofícios enviados por autoridades públicas à Câmara Municipal de Vitória. Por meio do estudo desses documentos, verificou-se, primeiramente, que as escravarias locais eram, em sua maioria, pequenas e médias, formadas por um número equilibrado de homens e mulheres e uma significativa quantidade de crianças. Esses aspectos levaram à constatação da importância fundamental do arranjo familiar na formação e ampliação das escravarias localizadas no município de Vitória e vizinhanças. Essa conformação dos plantéis de cativos possibilitou, também, verificar que o trabalho escravo desenvolvido nessa região contava com a intensa participação das mulheres e de crianças em todos os tipos de ocupações. O cotidiano de trabalho desses cativos revelou, inclusive, que eles desenvolviam quase indistintamente tarefas tipicamente rurais e urbanas, apontando para certa ausência de diferenciação ou especialização entre os cativos ou seu emprego exclusivo nessas modalidades. Finalmente, percebemos com esta dissertação, que a modalidade de trabalho do escravo jamais impediu a viva sociabilidade entre os cativos e outros estratos sociais, marcada por larga mobilidade espacial e laços que ultrapassavam frequentemente os limites do cativeiro.

Palavras-chave: Escravidão. Trabalho escravo. Família escrava. Espírito Santo.

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