A Crise do Sistema Políade:
a Redefinição da Identidade Ateniense nos Discursos de Isócrates e Demóstenes

Nome: ALESSANDRA ANDRÉ CHIMINAZZO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/04/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE CARNEIRO CERQUEIRA LIMA Examinador Externo
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador
SERGIO ALBERTO FELDMAN Examinador Interno

Resumo: Após a Guerra do Peloponeso (431-404), a Hélade entra em uma profunda crise social, e as stáseis se tornam constantes. Esta crise afetará todos os âmbitos da vida das póleis, colocando em risco o próprio sistema políade. Ao mesmo tempo, desponta, no cenário grego, uma nova força, encarnada na figura do rei da Macedônia, Filipe II, que passa a intervir diretamente na complicada política da Hélade. Nesse contexto, surgem facções com posicionamentos distintos diante da interferência da Macedônia. Do ponto de vista cultural, teremos, nesse momento, uma redefinição da identidade grega no confronto com macedônios e persas. Para tanto, dois oradores atenienses desempenharão um importante papel: Isócrates e Demóstenes. Isócrates defende o ideal político da cosmopólis, acalentando o sonho de ver os gregos unidos contra o Império Aquemênida, sob o comando de Filipe II, que passa então as ser considerado grego em oposição ao persa, qualificado como bárbaro. Demóstenes, por sua vez, mostra-se a favor da manutenção do sistema políade característico do século V a.C. Para o orador, a pólis é uma organização política vital, razão pela qual considera Filipe o verdadeiro inimigo a ser combatido visto que o expansionismo macedônio coloca em risco a pólis. Demóstenes apela então aos gregos para que se unam numa ampla coalização contra a ameaça bárbara representada pelo rei da Macedônia. Tendo em vista tais considerações, procuramos, nesta dissertação, analisar a luta de representações que se estabelece na Hélade a partir do final da Guerra do Peloponeso, com base nas reflexões políticas de Isócrates e Demóstenes, com especial referência às figuras de alteridade que são por eles construídas dentro de uma lógica de oposição entre gregos e bárbaros.

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