Empatia em tempos de pós-humanismo: um estudo sobre alteridade e compreensão histórica a partir da obra Androides sonham com ovelhas elétricas? (1968)

Nome: TAYNNA MENDONÇA MARINO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/06/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AUGUSTO BRUNO DE CARVALHO DIAS LEITE Examinador Interno
BEATRIZ DE MORAES VIEIRA Examinador Externo
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO Orientador
MARCELO DE MELLO RANGEL Examinador Externo

Resumo: Essa dissertação de mestrado é um esforço de historicizar o conceito de empatia cunhado no início do século XX e que se popularizou no debate público desde o pós-guerra. Meu intuito é recuperar a polissemia de sua história recheada de traduções e retraduções em diferentes momentos, linguagens e contextos disciplinares, para assim reabilitá-lo nos debates acadêmico e científico. No primeiro capítulo, destaco as ideias e discussões mobilizadas pela Hermenêutica, pela Filosofia Moral, pela Estética e pelas áreas relacionadas à Psicologia em torno da temática da empatia, de modo a enfatizar a interdisciplinaridade do conceito, suas confluências e divergências e significados sobrepostos ao longo do tempo. No segundo capítulo, à guisa de exemplo da popularidade angariada pelo conceito, analiso a ideia de empatia mobilizada pela obra de literatura distópica Androides sonham com ovelhas elétricas? (1968) de Philip K. Dick em um cenário futurista, pós-apocalíptico e pós-humano. No terceiro e último capítulo, parto para uma reflexão da empatia direcionada à compreensão do outro, à alteridade e à intersubjetividade, revelando sua importância (pós-)humanista. Na esteira das recentes abordagens da Teoria e da Filosofia da História, chamo atenção para as tendências do giro ético-político e do pós-humanismo, entendendo a empatia como um esforço cognitivo-intelectual, afetivo, ético-político e existencial de abrir-se para compreender o outro sem que para isso seja preciso eliminar ou subsumir a diferença. Ao fim e ao cabo, defendo a empatia como um dispositivo teórico para a compreensão cognitivo-intelectual e afetiva do outro que, ao reconhecer os diferentes lugares de fala e interagir com o mundo do outro a partir de uma postura ético-político-existencial, é capaz de deslocar e redimensionar o sujeito em seu próprio mundo.

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