Topofilias e topofobias marinhas na ‘Odisseia’: os ‘nautai’ como homens da ‘métis’, os deuses e as técnicas náuticas no contexto de fundação das ‘apoikiai’ (séc. X-VII a. C.)

Nome: MARTINHO GUILHERME FONSECA SOARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/08/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BELCHIOR MONTEIRO LIMA NETO Examinador Interno
ÉRICA CRISTHYANE MORAIS DA SILVA Examinador Interno
FABIO DE SOUZA LESSA Examinador Externo
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Resumo: Esta dissertação discute a representação elaborada por Homero e, por extensão, pelos homens de sua época, acerca do mar como lugar de topofilias e topofobias. Encarrega-se de investigar os eventos que, narrados na Odisseia, recobrem a Idade Homérica, época que se estende do século X a.C. ao século VII a.C., marcada, sobretudo, pela exploração do Mar Mediterrâneo pelos gregos que se encarregaram de fundar, nessas regiões, suas apoikiai, assentamentos destinados, em especial, à exploração agrário-pastoril. Defende que, dessas atividades de exploração e dominação do espaço marítimo, necessárias ao estabelecimento desses territórios, encarregou-se um grupo específico de homens, os nautai. São investigadas as técnicas náuticas de que dispuseram esses navegantes ao lidar com o ambiente marinho, seu estatuto social e a associação de seu ofício ao patronato de Atená, deusa que os provinha da métis necessária para construir suas embarcações, vencer os ventos e tempestades que assolavam o Mediterrâneo ocidental, procelas que emergem na narrativa como obras de Possêidon. Investiga, também, a relação dos nautai com esse deus. Por fim, recorrendo à Arqueologia da Paisagem, à Arqueologia do Espaço Construído e à Arqueologia do Culto, são analisadas as áreas sacras erigidas nas apoikiai da Sicília, os ritos e cultos estabelecidos pelos gregos fundadores que mantiveram e reforçaram, nesses novos territórios, as topofilias e topofobias originárias do espaço marítimo, mediadas, respectivamente, por Atená e Possêidon.

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