Do sermão ao suplício: os conflitos com os jesuítas durante o período josefino (1755-1761) e o processo inquisitorial do padre Gabriele Malagrida
Nome: GUILHERME MARCHIORI DE ASSIS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/09/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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SERGIO ALBERTO FELDMAN | Examinador Interno |
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO | Examinador Interno |
RENATO DA SILVA DIAS | Examinador Externo |
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Orientador |
MARIA CECÍLIA BARRETO AMORIM PILLA | Examinador Externo |
Resumo: O personagem central é o jesuíta italiano Gabriele Malagrida, religioso de grande influência na corte de D. João V e que, após uma vida de dedicação missionária nos quadros da colonização tendo inclusive atuado como missionário na América portuguesa viu-se em desgraça diante da corte, sofrendo pesado processo sob o Tribunal da Inquisição durante o governo de D. José I (1750-1777). No Reino, após as vicissitudes do Terremoto de 1755, Malagrida criticou duramente a política portuguesa, sendo em seguida acusado de heresia pela Inquisição, julgado e sentenciado à morte, num período sumário de apenas dois anos (1759-1761). Condenado ao garrote vil e queimado na Praça do Rossio, em Lisboa, Malagrida foi publicamente supliciado em 1761. O processo inquisitorial em questão, amplamente conhecido pela tradição historiográfica lusa, mas pouco debatido diante dos recentes estudos sobre as instituições jurídicas e políticas do Portugal moderno, permanece envolto em múltiplas questões. A análise deste documento nos permite verificar quais os componentes políticos que envolveram a mudança na sorte do jesuíta e como estes poderiam elucidar a relação entre indivíduo, Estado e sociedade no período em questão. Importante ressaltar que o período entre a acusação e o julgamento, coincide com a implantação de amplas transformações em Portugal, caracterizadas pelo reformismo ilustrado tendo à frente o Marquês de Pombal que, por sua vez, produziram também importantes mudanças no que diz respeito à ingerência do Estado sobre a Igreja.
Palavras-chaves: Gabriele Malagrida. Período josefino. Jesuítas. Sistema probatório. Processo inquisitorial.