O patriarcado vai a júri, veredito: inocente! Violência e feminicídio em Vitória-ES (2002-2015)
Nome: ALEX SILVA FERRARI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/08/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| MARIA BEATRIZ NADER | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ANA CAROLINA EIRAS COELHO SOARES | Examinador Interno |
| BRUNELA VIEIRA DE VINCENZI | Examinador Externo |
| LANA LAGE DA GAMA LIMA | Examinador Externo |
| LÍVIA DE AZEVEDO SILVEIRA RANGEL | Examinador Interno |
| MARIA BEATRIZ NADER | Orientador |
Resumo: A primeira década do século XXI foi marcada pelo intenso debate sobre a violência contra as mulheres e, por isso, as atenções da sociedade civil se voltaram para essa problemática despertando o interesse sobre a realidade da questão. As pesquisas sobre a violência passaram a apresentar recortes de gênero e demonstraram que o estado do Espírito Santo é a Unidade Federativa onde mais se assassinam mulheres, assim como Vitória, sua capital, é a cidade em que mais mulheres são vitimadas de forma letal entre as outras capitais do país. A despeito de na década de 2000 destacarmos a produção de legislações e políticas públicas voltadas para o combate e erradicação da violência contra as mulheres, os números de feminicídios na cidade mantiveram uma média de crescimento anual. Desta forma, a pesquisa propõe um estudo acerca da violência praticada contra as mulheres, com foco no feminicídio, entre os anos de 2002 e 2015, na cidade de Vitória-ES. O objetivo é analisar a influência do patriarcado, que ainda permeia a sociedade brasileira e capixaba, nos casos de violência letal e não letal estudados por esta pesquisa. Para tanto, utiliza-se como fontes processos penais que foram registrados e julgados entre os anos de 2007 e 2015, que permitem investigar a influência de representações fundamentadas no patriarcado nos casos em que parceiros ou ex-parceiros deram fim a vida de suas companheiras. Como fontes auxiliares, e com o objetivo de complementar esta pesquisa explorando o ciclo que envolve a violência contra as mulheres, a pesquisa também utiliza dos Boletins de Ocorrência da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher da cidade de Vitória, registrados entre os anos de 2002 e 2010.
